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Sair da zona de conforto? Check!

Chancho

Um dos objectivos deste Gap Year, era sair da zona de conforto. Estou agora no meio de montanhas, com temperaturas baixas, sem wi-fi em casa (por mais fútil que isso soe) e fisicamente distante de todas as pessoas que amo. Acho, portanto, que o referido objetivo pode ser dado como alcançado. Passo, portanto, a explicar melhor a situação nos seguintes três tópicos.

  1. Fundação COAGRO

O propósito da minha paragem no Equador, é colaborar com a fundação Coagro. Esta organização sem fins lucrativos foi fundada em 1998 com o objetivo de apoiar o desenvolvimento socioeconómico das comunidades andinas no norte do Equador, em particular através do “empoderamento” das mulheres (que desempenham um papel fundamental nos seus lares). Assim sendo, trabalham diretamente com as povoações indígenas residentes nas comunidades a que prestam apoio, nomeadamente no desenvolvimento das suas atividades comerciais. Para ajudar na concretização destes projetos, recebem voluntários internacionais com diferentes backgrounds académicos - hoje somos oito voluntários, de cinco países (Portugal, EUA, Canadá, Bélgica, Holanda e Finlândia).

Nos últimos dois dias, estiveram aqui representantes de uma associação alemã que fez doações monetárias para a Coagro, e como tal, andámos com eles a visitar as comunidades beneficiárias, a ver de que forma o dinheiro foi aplicado. Foi bom para ter uma noção global da realidade com que vou trabalhar.

2. Família anfitriã

A Coagro atribui a cada voluntário uma família anfitriã, e todas residem na comunidade rural de San Pablito de Agualongo. Os membros da minha família são o Jorge (33 anos, veterinário), a Mayra (28 anos, encarrega-se de cuidar da casa e dos animais) e a Damaris (8 anos, e cumpre a proeza de acordar todos os dias às 5h30 para ir à escola).

Curiosos é provavelmente o adjetivo que melhor os caracteriza. Perguntam-me sobre tudo! Que língua se fala no meu país, como são as estradas e os mercados em Portugal, pedem-me para mostrar fotos da minha casa e da minha família, perguntam sobre as profissões dos meus pais e até sobre as marcas dos seus carros! E a cada resposta minha, arregalam os olhos e soltam um “ahh” de admiração. Aparte disso, são muito atenciosos, e mostram muita preocupação em me agradar.

3. Sobre a alimentação: milho, milho, milho!

A Mayra e o Jorge admiraram-se quando eu disse que ao pequeno-almoço bebia café com leite acompanhado de bolachas. Aqui comem sopa: um caldo de arroz, cenoura, com uma batata inteira e uma pata de galinha.

Exemplo de almoço, é uma sopa de entrada (sopa de milho, batata e carne), seguida de uma montanha de comida composta por favas, maçarocas de milho, abacate, batata e bastante carne (de frango ou porco), e salada. Pelo jantar, imagine-se...sopa de milho. A verdade, é que aqui há vários tipos de milho, e todos se utilizam nas refeições.

A parte boa é que tudo o que se come é temperado de forma extremamente simples e é produzido pela própria comunidade.

almoço

Agradecimentos especiais: há uma semana estava em Bogotá e não posso deixar de agradecer ao Wellinton, à Gabi e ao Rodolfo, que tão bem me receberam em sua casa. O Wellinton é muito amigo de um amigo meu que me passou o seu contacto quando soube que eu estaria em Bogotá; ele e os seus colegas de casa são brasileiros que se encontram a trabalhar na Colômbia num estágio da AIESEC. Juntam-se assim ao grupo de pessoas super fixes que eu adorei conhecer nesta viagem :)

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