Às dezenas de pessoas que caminham pelas praias postais, ao lado das ondas (que devolvem o lixo de cada um que desistiu de se levantar para ir até ao contentor). Pessoas com a pele queimada do sol e a voz rouca de vender qualquer coisa simples que lhes permita ter comida na mesa por mais um dia.
Às dezenas de pessoas que que percorrem os “trens da Supervia” vendendo os “últimos lançamentos”, “produtos topo de gama” “ao melhor preço”, com uma admirável capacidade de venda, que não foi aprendida em nenhuma escola de negócios, e sim adquirida pela necessidade e vontade de poder dar à sua família um churrasquinho no final de semana, no fundo do quintal, ao som de um pagode ou forró animado.
A esses, e a todos aqueles que não desistem e a cada dia “vão tocando a bola p’ra frente” do melhor jeito que podem, estas palavras, e o meu respeito.
[Não tinha nenhuma foto para acompanhar este post, então fica esta música que eu adoro!]